sábado, 30 de maio de 2009

Crueldades com a professora de Matemática - episódio 1




Turma 223 ( como sempre )
Ano : 2000

Mais uma atípica aula de matemática. Ninguém aguentava mais. Na verdade, não sei algum ser humano já aprendeu alguma coisa com ela. Nós perguntávamos quanto era 7 + 3, e ela usava binômio de newton prá explicar. Era foda.

Então decidimos uma vez mais que essa aula era nossa.
( Lembrei de outras histórias agora , próxima vez vai ser o lendário Bosco , lembram-se dele? Tem o Fois tbm ... )

Todo mundo começou bater os pés no chão e a mão na mesa. O barulho era ensurdecedor. Ela escrevendo no quadro, parou e olhou prá trás. Todo mundo parado copiando no caderno.

" Ei ! Vcs são loucooooooooooooooooooooooooooooooooos ???
Que barulho é esseeeeeeeeeeeeeeeeeeeee ?????? Vamos parar hein ! "

Ela se virou pra continuar escrevendo no quadro e todo mundo pow pow pow pow, pé no chão e mão na mesa. Ela vira e todo mundo quieto. Preciso dizer o quanto a gente ria lá no fundo? Era mais engraçado no silêncio ....

" Agora chegaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa !!!! É a última vez que vcs bagunçam minha aulaaaaaaaaaaaaaa !!!! Eu cancelo os pontos de tarefa e vistos hein !!! "

Ela vira .
POW POW POW POW POW POW !!!!
Olha prá gente, todo mundo escrevendo.

Deu muma louca na mulher.
" Ahhhhhhhhhhhhhhhhh agora chegaaaaaaa .... olha o que eu faço com os vistos de vocês olhaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa !!! "

Rasgou a folha que daria 1 ponto na média de tarefa. Eu não tinha nada mesmo.

" Olhhhhhhhhhaaaaaaaaaaaaaa !!! Rasgadinhoooooo !! Gostaram ???? Vou jogar no lixooooo olhaaaaaaaaaaaaaaa !!! Pronto , e continuem pra ver !!! "

Vira.
POW POW POW POW !!!
Desvira .
Todo mundo quieto.

A mulher começou um discurso prá gente. Todo mundo na sala irritava ela justamente porque a gente queria ver o discurso dela. Era muito engraçado. Ela gritava, ficava vermelha, as veias do pescoço apareciam, os dentes debaixo, já grandes, ficavam ainda maior, todo mundo se acabava de rir em vez de ficar com medo. Eu mal conseguia respirar, olhava pro Speto do lado e ele tava lacrimejando de rir !
Aí ela via que não dava certo e começava fazer drama.

" Ah eh ???? Então vcs não precisam de professores ??? Eu vou embora !!
Não adianta pedir pra eu ficar !!! Vou emboraaaaaaaaaaaaaaaa !!!! "
E foi, saiu de sala. Silêncio total.
Ela sempre fazia isso, ninguém falava nada, ela voltava 30 segundos depois dizendo que ia dar outra chance. Mas dessa vez ela saiu, e nós fechamos a porta !!! As portas do La Salle até hoje ( sabe Deus porque ) não tem maçanetas do lado de fora, e ela ficou presa batendo no vidro pra entrar e gritando !!!

E lá dentro virou um pandemônio, ao mesmo tempo a gente ria dela tanto que doía , jogava bola de papel , batia na carteira , até cadeira voava lá trás porque a gente fazia guerra com a turma do outro lado, pinava as coisas, dava dedada na galera, uma desgraça total ( no final do ano chegamos a jogar bola com uma daquelas bolsinhas de lápis de uma menina , era três na linha e um no gol e a menina muito puta tentando pegar ). A professora sumiu lá de fora e daqui pouco voltou com o coordenador. Ele detonou com a gente, sempre mais cuspindo do que falando. O Tazmania poderia ter o emprego dele. E foi embora, ela tava dentro de sala novamente.
Quando foi começar a dar aula, um professor entrou e disse que tava impossível dar aula na sala debaixo da nossa porque tinha alguém batendo os pés. Ela pediu desculpa e foi começar dar aula de novo. Virou.

POW POW POW POW POW POW POW !!!
Desvirou.
Todo mundo quieto.

Quando ela ia começar outro discurs, tocou a música ( sim, mudaram a música do La Salle recentemente ), e todo mundo saiu de sala.
" Esperemmmmm !!! Eu não termineeeeeeeeeeeeeeeeeeeeiiii !!!! "

;-)


Rato, postagem original de março, 2006.
Referindo-se a histórias ocorridas no ano de 2000.
Ensino Médio, La Salle.

Um comentário:

Nívia Carvalho disse...

Nossa André vocês eram uns capetas mesmo hein...
Coitadas das suas professoras!!! Fiquei com dó agora da professora de matematica!!! Ainda bem que eu não te conhecia nessa época.

Bjo.